sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Que amor é este?

Que amor é este que me consome sem nunca lhe atear fogo? Que vento é este que me leva a ti sem saber onde estás? Não consigo esconder de mim a sensação estranha de borboletas no estômago, que vão esvoaçando como doidas na fresca  primavera do ano e tudo se resume a isso: estranheza. Mais ainda quando te queria ver, como te vejo nessa imagem fictícia na memória que mais nada deu senão a ilusão, a esperança e dias melhores. Fui sempre feito desse bem - estranho, mas preocupo-me - que chegasse o dia e o momento para acontecer tudo o que se pensa ou quer-se com destemida vontade mas o tempo não corre quando devia fazê-lo, os dias não são o que deviam ser. Que culpa é esta que trago? Que ansiedade? Que vontade? O amor é um sentimento perigoso que não sabe baloiçar à chuva nem ser-social. O amor é uma ligação e nem todos têm esse direito tão facilmente. O amor sou eu mas falta o resto.

David Marinho

1 comentário:

  1. O amor é um sentimento perigoso, sim. Não o amor em si, mas os outros sentimentos que andam agarrados a ele. A ansiedade, a angústia, a esperança, a ilusão, e tantos outros.
    O amor, em si, por si só, é bom, é mágico, quando encontra o amor, e não as outras coisas.

    Beijinhos, querida Checa :)

    ResponderEliminar